Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), por meio da Diretoria de Vigilância em Saúde de Parauapebas, através de várias fiscalizações intensas no âmbito da piscicultura local, não identificou a necessidade de suspender a venda de peixes no município.
A Semsa tranquiliza a população sobre o consumo de peixes no município. De acordo com a Diretoria de Vigilância em Saúde, não existe nenhuma suspeita de que os peixes da região estejam produzindo acúmulo da toxina causadora da síndrome de Haff, conhecida popularmente como doença da “urina preta”, registrada em cidades do oeste do Pará.
Os consumidores devem questionar a procedência dos peixes (se houve ou não inspeção) e acondicionamento (disposto em muito gelo, um peixe não deve entrar em contato com outro) e por no máximo 48 horas de armazenamento.
O coordenador da vigilância Sanitária, Marco Aurélio, destaca algumas orientações aos consumidores; “devem avaliar se estão em condições adequadas de higiene e com as características sensoriais dentro das conformidades, como por exemplo; os olhos devem estar brilhantes, transparentes e salientes, ocupando totalmente as órbitas; a carne, pele e escamas firmes; guelras vermelhas ou rosadas; superfície do corpo limpa, com relativo brilho metálico, úmidas, brilhantes e com odor natural, ventre roliço, firme, não deixando impressão duradoura à pressão dos dedos; a pele não deve conter fissuras”.
No caso de pescados congelados, verificar a data de validade e o selo do Serviço de Inspeção Federal – SIF / Estadual – SIE / Municipal – SIM, certifique-se se peixaria possui Alvará da Vigilância Sanitária.
De acordo com a Diretora de vigilância em saúde, Michele Ferreira, Parauapebas ainda não registrou casos da doença. “Até o presente momento, não foram registrados casos da doença no município. Existem muitas informações sem comprovação científica sendo disseminadas por meio digital, que relacionam a doença ao consumo de pescado, e que também podem prejudicar o setor”.
Os casos registrados em estados e municípios vizinhos acenderam o debate sobre quais espécies poderiam transmitir a doença. Portanto, não há nenhuma publicação científica ou relato da comunidade médica que associe a Síndrome de Haff ao consumo de peixes em criatórios (tanques).
O pescado proveniente de empreendimentos que promovam boas práticas de manejo e manipulação de pescado, tanto na produção, quanto na sua comercialização, diminuem as chances deles se tornarem veículos contaminantes que causem prejuízo à saúde humana.
Texto: Nívea Lima/Semsa Colaborou: Luciana Queiroz – Ascom/Pmp