A Prefeitura de Parauapebas abriu credenciamento para contratar prestador de serviços para atendimentos de exames de ultrassonografia. A ideia é zerar a demanda identificada pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), de mais de 15 mil pedidos de ultrassom. É como se uma cidade pouco maior que Curionópolis estivesse na fila para realizar o procedimento. .
O credenciamento vai ficar aberto até o dia 25 de abril e o investimento previsto pela Prefeitura de Parauapebas é estimado em R$ 8,757 milhões. O pacote é para quase 31.500 exames de ultrassom de diferentes modalidades, como mama, próstata, pênis, vagina, tórax e abdômen. Também fazem parte do combo procedimentos sofisticados do tipo doppler, para membros inferiores e superiores. Cada um destes últimos tem preço médio estimado em R$ 1.368.
Os exames de ultrassonografia são essenciais na prática médico-hospitalar porque possibilitam identificar em tempo hábil queixas apresentadas pelos pacientes e facilitam a descoberta de doenças na fase inicial. Quanto mais precoce e correto for o diagnóstico de qualquer doença, tanto maior será a possibilidade de cura da enfermidade detectada.
A ultrassom auxilia também na compreensão dos diferentes mecanismos fisiopatológicos, diretamente relacionados às medidas preventivas, de tratamento e reabilitação, contribuindo sobremaneira com a reintegração do doente à sociedade em condições de retomar, tanto quanto possível, as funções que desempenhava anteriormente.
Só 5 aparelhos para 15.300
Segundo a Semsa, a rede pública de saúde de Parauapebas dispõe hoje de apenas cinco aparelhos para realização de exames de ultrassonografia, distribuídos em postinhos (dois equipamentos), na Policlínica (dois) e no Hospital Geral de Parauapebas (um). Os aparelhos do postinho da VS-10 e da Palmares 1, bem como da Policlínica, têm capacidade de realizar diariamente uma média de 20 exames, sendo dez atendimentos pela manhã e dez à tarde. Já o aparelho instalado no HGP realiza exames somente conforme demandas de urgência e emergência recebidas do setor de clínica médica, do pronto-socorro municipal e da Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
Há ausência significativa de aparelhos para cobrir unidades de saúde em complexos populosos, como Rio Verde, Cidade Jardim, Tropical, Bairro da Paz e Liberdade, daí a elevada demanda identificada pela central de regulação da Semsa, de cerca de 15.300 solicitações de ultrassom, sendo que a cada mês 1.300 novos pedidos são feitos.
“Nosso município tem imensa dificuldade em contratar profissionais médicos especializados para realização dos exames de ultrassonografia”, alega Gilberto Laranjeiras, secretário municipal de Saúde, que não economizou esforços para que esta vitória acontecesse. “A contratação de uma empresa para prestação de serviços é necessária porque de nada adianta adquirir equipamentos e não ter mão de obra especializada para operacionalizá-los. A contratação vai possibilitar a Parauapebas oferecer um pacote completo à sociedade”, finaliza.
Fonte Zé Dudu.
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