Na última terça feira,18 de fevereiro, a Câmara municipal de Marabá realizou sua primeira sessão do ano, mas o que deveria ser um espaço de debates e proposições transformou-se em uma trincheira de ataques direcionados ao novo prefeito, Toni Cunha. Os vereadores, liderados pelo presidente da Casa, Ilker Moraes, adotaram uma postura combativa, responsabilizando o chefe do Executivo por problemas antigos e históricos da gestão passada.
O embate teve como estopim uma declaração de Toni Cunha nas redes sociais. O prefeito afirmou que qualquer parlamentar disposto a contribuir republicanamente com a gestão será bem-vindo, mas alertou: “Quem quiser apenas cargos e contratos com a administração, mordam as costas”. A fala provocou indignação no Legislativo, gerando uma reação desproporcional de Ilker Moraes, que chegou a sugerir que o prefeito renunciasse.
Além da retórica inflamada, Ilker acusou Toni Cunha de irregularidades na gestão da saúde municipal, citando problemas estruturais no Hospital Materno. No entanto, ao longo de seu discurso, o próprio presidente da Câmara entrou em contradição ao tentar responsabilizar o atual gestor por falhas acumuladas ao longo de décadas.
A tentativa de desestabilizar a nova administração municipal já na primeira sessão do ano dá margem a especulações. Por que tanto ímpeto na ofensiva contra um governo recém-empossado? Quais interesses movem essa reação imediata e intensa dos vereadores?
Enquanto o Legislativo intensifica os ataques, Toni Cunha reforça que está focado em corrigir os erros da gestão passada sem comprometer os planos de desenvolvimento da cidade, nem que isso desagrade alguns vereadores. O Executivo avança na implementação de políticas públicas estruturantes, enquanto a Câmara parece priorizar embates políticos.