Enquanto divulga nas redes sociais e na mídia os resultados positivos da Polícia Civil, o Governo do Pará mantém uma realidade muito diferente para delegados e policiais. Os agentes enfrentam salários congelados, aumento da carga horária e falta de infraestrutura para exercer suas funções.
A polícia civil do Pará tem que combater o crime com apenas R$ 280 de combustível por semana. As viaturas da Polícia Civil recebem apenas R$ 46 por dia para combustível, limitando o trabalho dos agentes.
Delegados sindicalizados relatam que viaturas estão sendo paradas por agentes do DETRAN devido a pendências administrativas de IPVA e licenciamento, resultando em multas para os próprios policiais civis.
A crise se agrava com a falta de manutenção nos veículos, colocando em risco a segurança dos agentes e da população. Muitas delegacias sequer possuem viaturas ou operam com um número reduzido de veículos, dificultando investigações e atendimentos.
Falta de estrutura nas delegacias
A ADEPOL (Associação dos Delegados de Polícia do Pará) realizou uma vistoria nas unidades da Polícia Civil na região Sudeste do estado e identificou diversos problemas, incluindo:
Prédios deteriorados, com infiltrações, rachaduras e matagal nos arredores; Computadores obsoletos e falta de equipamentos básicos para investigações; Déficit de recursos humanos, sobrecarregando os profissionais; Unidades sem manutenção desde a inauguração, como a delegacia de Terra Santa, no oeste do Pará, que apresenta graves problemas estruturais e sanitários.
Mesmo diante do cenário caótico, o Governo do Estado segue ignorando as condições precárias de trabalho da Polícia Civil e investindo em marketing, fazendo a população acreditar que as delegacias estão em perfeita sintonia.












