Ao abastecer em um posto de combustível em Parauapebas, nos deparamos com uma cobrança expressiva de imposto estadual. No Pará, quem abastece com gasolina hoje, paga em média, 23,30% do valor do combustível apenas em tributos estaduais.
Na noite desta segunda-feira (17/02), fizemos um abastecimento no valor de R$ 75,79, o que resultou no pagamento de R$ 17,66 em imposto estadual e R$ 8,79 em tributo federal. No total, quase 35% do valor do combustível foi destinado a impostos.
Apesar da alta tributação, ao percorrer as rodovias estaduais paraenses, o que se vê é um cenário de abandono, com vias esburacadas e infraestrutura precária. A realidade contrasta com a qualidade das rodovias do estado vizinho, Tocantins, onde as estradas apresentam melhores condições.
Vale lembrar que, em 2024, o Pará ficou em 8º lugar entre os estados com o combustível mais caro do país. Mesmo com a arrecadação elevada, a população ainda enfrenta dificuldades com estradas mal conservadas e falta de retorno dos impostos em infraestrutura.
O ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) deveria ser uma fonte de arrecadação para investimentos em infraestrutura, transporte e outros serviços. Mas, diante das condições das rodovias do Pará, fica a pergunta: o valor pago em impostos reflete o retorno que o cidadão paraense recebe?