A proximidade da COP-30 colocou o Pará em destaque internacional, mas a crise econômica e as manifestações na educação ameaçam a estabilidade do governo de Helder Barbalho. O alto investimento no evento tem gerado endividamento, comprometendo serviços essenciais à população.
Nos bastidores políticos, circula a informação de que o Governo Federal estuda transferir a cúpula dos chefes de Estado para outra cidade devido à falta de infraestrutura hoteleira em Belém. O evento que é considerado a principal reunião preparatória para a COP-30, pode ser deslocado após meses de análise sobre a viabilidade da capital paraense.
O deputado Zequinha Marinho criticou a gestão estadual, afirmando que Helder Barbalho não consegue garantir o básico para a COP-30, mas direciona altos recursos para publicidade. “O governador vende um ‘legado’ que pode se tornar um pesadelo para os paraenses após o evento. O Pará merece gestão de verdade, não marketing!”, declarou Marinho.
Além das dificuldades econômicas, a crise na educação pressiona ainda mais o governo estadual. O Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu pedidos de esclarecimento sobre legislações e a veiculação de informações falsas nas redes sociais do governador, com uma solicitação de multa no valor de R$ 10 milhões.
Nesta quarta-feira (5), uma tentativa de apaziguamento foi registrada com a assinatura de um Termo de Compromisso entre o Governo do Pará, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp) e lideranças indígenas. O acordo prevê o encaminhamento de um Projeto de Lei (PL) à Assembleia Legislativa (Alepa) para revogar a Lei n° 10.820, de 19 de dezembro de 2024, atendendo às reivindicações e buscando encerrar manifestações em Belém. Resta saber como será o desfecho dessa crise que pode impactar no futuro da gestão estadual e o legado da COP-30 no Pará.
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Foto: Ricardo Sturket
