A Vice-Governadora Hana Ghassan anunciou um aditivo de recursos para as obras do Hospital de Itupiranga, mas a crise financeira na saúde pública do estado se agrava. Profissionais de hospitais regionais seguem com salários atrasados, resultado da gestão das Organizações Sociais (OS) e da administração direta. A regularização dos pagamentos seria mais que importante para garantir o pleno funcionamento dos serviços e a valorização dos profissionais da saúde, que enfrentam condições adversas para atender à população.
O Hospital Público Estadual Ofyr Loiola exemplifica a crise na rede de saúde. Além da escassez de recursos e do atraso nos pagamentos, denúncias de pacientes apontam problemas na qualidade da alimentação fornecida. Em janeiro deste ano, relatos indicaram que refeições azedas causaram dores abdominais e episódios de diarreia. Servidores também denunciaram atrasos na entrega de alimentos, com jantares sendo servidos apenas por volta das 23h.
Nos bastidores políticos, cresce a especulação sobre uma possível candidatura de Hana Ghassan ao governo estadual em 2026, como sucessora do atual governador Helder Barbalho.
Além da crise na saúde, a cidade de Belém enfrenta dificuldades no transporte, na educação e na rede de hospedagem, problemas que se intensificaram com os preparativos para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-30). Moradores relatam o caos na mobilidade urbana e criticam a falta de investimentos em infraestrutura básica.
“É como tentar fazer um festa em uma casa que precisa de reforma. Estamos com problemas no trânsito, educação, saúde, segurança e o governador está mais preocupado em mostrar para o mundo uma realidade diferente da que vivemos”, afirmou Antônio R., vendedor ambulante.
Enquanto o governo estadual foca na projeção política da vice-governadora, serviços essenciais para a população seguem sem solução.
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