ANM reduz nível da Forquilha III e Vale atinge meta antes do prazo

 

 

 

 

A Agência Nacional de Mineração (ANM) reduziu de 3 para 2 o nível de emergência da Barragem Forquilha III, localizada na Mina de Fábrica, em Ouro Preto (MG). Com a decisão, a Vale não possui mais nenhuma estrutura em nível 3 no Sistema Integrado de Gestão de Barragens de Mineração (SIGBM). A meta da empresa era eliminar todos os casos críticos até o fim de 2025, objetivo alcançado antecipadamente.

O CEO da Vale, Gustavo Pimenta, afirmou que a medida reforça o compromisso da companhia com a segurança das pessoas e do meio ambiente. Ele destacou a implementação do Padrão Global para Gestão de Rejeitos (GISTM) em todas as barragens da empresa e o avanço no Programa de Descaracterização de Estruturas a Montante.

A redução do nível de emergência foi possível graças a avanços técnicos que ampliaram o conhecimento sobre a barragem. Entre eles estão sondagens geotécnicas, ensaios de campo e de laboratório, instalação de novos instrumentos de monitoramento e desenvolvimento de modelos de análise mais precisos. Segundo a ANM, esses fatores garantem condições de segurança compatíveis com os critérios regulatórios.

A Forquilha III faz parte das 13 estruturas a montante que ainda aguardam descaracterização. Desde 2019, a Vale concluiu 17 das 30 previstas, alcançando 57% do programa. O investimento já ultrapassa R$ 12 bilhões, e a previsão de conclusão da descaracterização da Forquilha III é 2035. A estrutura conta com contenção a jusante com Declaração de Condição de Estabilidade e permanece inativa, sob monitoramento integral dos Centros de Monitoramento Geotécnico (CMGs).

A Zona de Autossalvamento da Forquilha III está evacuada desde 2019 e, mesmo com a redução para nível 2, a legislação impede o retorno da comunidade. A Vale mantém ações de reparação e fortalecimento dos serviços públicos, em parceria com os municípios de Itabirito, Ouro Preto, Rio Acima e Nova Lima, conforme acordo firmado em 2024. As iniciativas incluem transferência de renda, turismo, cultura, segurança e apoio a demandas comunitárias.

O GISTM, adotado em todas as barragens de rejeitos da Vale, é o primeiro padrão global de segurança para estruturas desse tipo, lançado em 2020 por UNEP, PRI e ICMM. O modelo estabelece 77 requisitos que envolvem engenharia, governança, transparência, direitos humanos, participação comunitária e preparação para emergências.

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