Estudos realizados pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) revelaram que a dragagem alteraria a qualidade da água, prejudicando espécies marinhas e afetando diretamente o ecossistema da região. Muitas espécies de peixes identificadas na área, possuem alto valor econômico e alimentar, sendo fonte de sustento para comunidades locais.
Outro fator seria as alterações no leito do rio e nas águas superficiais comprometeriam o equilíbrio natural e a saúde ambiental da baía do Guajará. A dragagem comprometeria a logística do transporte fluvial, atrapalhando o turismo e o cotidiano das populações ribeirinhas. A tradicional romaria fluvial do Círio de Nazaré, um dos maiores eventos religiosos do Brasil, também sofreria consequências,
Como parte das preparações para a COP30, a Casa Civil e a Companhia Docas do Pará (CDP) definiram o porto de Outeiro como ponto estratégico para atracação de transatlânticos. A medida parece ser uma tentativa de minimizar os danos ao Porto de Belém, mas não elimina a necessidade de soluções de longo prazo para o desenvolvimento portuário sustentável na Amazônia.