Crise entre Vale e indígenas: Ferrovia continua interditada e viagens são canceladas nos dias 13 e 14 de março

Vale e indígenas

As comunidades indígenas afetadas por atividades mineradoras denunciam violações de seus direitos, a exploração de seus territórios e os impactos severos em suas vidas. A contaminação ambiental, resultado direto da mineração, tem gerado graves consequências para a saúde das populações locais.

Um estudo recente realizado na Terra Xikrin do Cateté, no sudeste do Pará, revelou um cenário alarmante: 100% das amostras analisadas de crianças Xikrin apresentaram níveis elevados de metais pesados em seus organismos, colocando em risco sua saúde e bem-estar. O Ministério Público Federal (MPF) atribui essa contaminação à operação da mina de níquel Onça Puma, administrada por uma subsidiária da Vale na Serra dos Carajás.

Diante dessa situação, as comunidades indígenas cobram responsabilidade da empresa. “Queremos um diálogo verdadeiro. Exigimos que a empresa assuma a responsabilidade pelo nosso território e pela nossa gente. Chega de destruição, chega de desrespeito!”, afirmam os líderes locais.

A insatisfação se estende ao Povo Gavião, que há quatro dias ocupa a ferrovia da Vale, interrompendo a circulação do trem de passageiros. A manifestação tem como objetivo pressionar a empresa a dialogar diretamente com a comunidade. “Não estamos pedindo favores, estamos exigindo o que é nosso por direito. A Vale precisa vir aqui, olhar nos nossos olhos e conversar com o nosso povo!”, reforçam os manifestantes.

A mobilização segue firme, com a exigência de uma resposta concreta da mineradora. “Estamos firmes e vamos continuar até obtermos uma resposta. Vale, estamos esperando vocês para essa conversa. O nosso povo exige respeito!”

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