Imagens registradas por pacientes nesta semana escancaram a precariedade no atendimento do Hospital Municipal de Marabá. O vídeo mostra várias pessoas jogadas no pátio da unidade, muitas deitadas no chão ou em bancos improvisados, à espera de atendimento. Nos corredores, o cenário se repete, com aglomeração e ausência de estrutura adequada para receber a demanda crescente.
A situação causa ainda mais indignação diante dos altos valores arrecadados pelo município por meio da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM). Marabá ocupa atualmente a terceira posição no ranking estadual de arrecadação da CFEM, ficando atrás apenas de Canaã dos Carajás e Parauapebas. Só no mês de julho de 2025, o município arrecadou R$ 17.593.366,94, acumulando um total de R$ 121.635.380,66 ao longo do ano.
A crise no Hospital Municipal de Marabá já foi alvo de cobranças por parte de vereadores, que chegaram a exigir esclarecimentos do prefeito Toni Cunha. No entanto, após articulações políticas, a fiscalização sobre a gestão parece ter arrefecido. A ausência de medidas concretas agrava a sensação de abandono da população, que continua enfrentando filas, superlotação e falta de assistência básica em uma das principais unidades hospitalares da região.