O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) retomou manifestações na sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Marabá, cobrando respostas sobre a regularização fundiária e outras demandas relacionadas à reforma agrária. O protesto, iniciado na segunda-feira (31), segue até a tarde desta terça-feira (1º).
O ato reúne integrantes do MST de diversas cidades do Pará, como Parauapebas, Marabá e Canaã dos Carajás, além de representantes de outras regiões do estado. Segundo Viviane Brígida, coordenadora estadual do MST, a mobilização ocorre após uma trégua de três meses nas negociações com o Incra, o Governo Federal, a mineradora Vale e representantes do governo estadual.
Reivindicações do movimento
Entre as principais pautas estão a infraestrutura para assentamentos, acesso a crédito e subsídios para as famílias assentadas, além da regularização fundiária de duas áreas onde vivem cerca de 10 mil famílias: o Acampamento Terra e Liberdade, em Parauapebas, e o Acampamento Oziel Alves, em Canaã dos Carajás.
Além disso, o MST cobra avanços na construção de escolas em assentamentos, habitação e crédito rural. Uma das exigências é a criação de escolas no assentamento Palmares e no Acampamento Terra e Liberdade. “Esse é um conjunto de pautas que vão desde infraestrutura, educação e produção, discutidas com a Vale, o Incra, o Ministério do Desenvolvimento Agrário, além do município e do governo do Estado”, explicou Viviane.
Segundo ela, o movimento esperava uma resposta até o dia 31 de março, conforme acordado em reuniões anteriores. Como não houve retorno concreto, os protestos continuam. “Ontem não conseguimos finalizar a pauta, hoje vamos retomar a reunião. Só sairemos após uma resposta concreta”, afirmou a coordenadora.
O Incra, por meio de sua assessoria, informou que “as pautas do movimento foram apresentadas e as tratativas estão em andamento”, sem previsão para a desocupação do prédio.
Fonte: Canal PBS