O Ministério Público Eleitoral do Pará emitiu parecer favorável à cassação dos mandatos de vereadores eleitos pelo partido Avante em Parauapebas, após identificar fraude à cota de gênero nas eleições de 2024. A promotora Crystina Michiko Taketa Morikawa concluiu que o partido registrou candidaturas femininas fictícias apenas para cumprir a exigência legal de 30% de candidaturas de um dos gêneros.
A ação aponta que as candidatas Jakeline de Lima Maciel e Maria Joaquina Cardoso de Melo não realizaram campanha efetiva, não receberam recursos partidários e tiveram 49 e 83 votos, respectivamente. As prestações de contas revelam ausência de gastos com material de campanha. Em entrevista ao programa Alerta 96, da Rádio Arara Azul, Jakeline admitiu que não pediu votos e que sua candidatura foi “só para tampar buraco”.
O Ministério Público pede a cassação dos mandatos de todos os candidatos eleitos pelo Avante, a anulação dos votos da legenda e a declaração de inelegibilidade dos envolvidos. Se acatada, a decisão pode retirar das cadeiras os vereadores Zé da Lata e Sargento Nogueira. O caso aguarda julgamento final pela Justiça Eleitoral de Parauapebas.