A Vale teve queda de 17% no lucro líquido do primeiro trimestre de 2025, totalizando US$ 1,39 bilhão, pressionada pela redução nos preços do minério de ferro e menor volume de vendas. No critério pró-forma, o lucro foi de US$ 1,5 bilhão, 13% abaixo do registrado no mesmo período do ano anterior. A retração reflete a combinação de Ebitda menor, carga tributária mais alta e o impacto da guerra tarifária de Donald Trump, que afetou a demanda global por minério.
O Ebitda ajustado caiu 9%, para US$ 3,11 bilhões, ficando abaixo das projeções de analistas. A receita líquida somou US$ 8,11 bilhões, com recuo de 4% na comparação anual. O preço médio do minério de ferro foi de US$ 90,8 por tonelada, estável frente ao trimestre anterior, mas 10% abaixo de 2024.
Apesar da pressão sobre as receitas, a Vale conseguiu reduzir o custo caixa C1 em 11%, atingindo US$ 21 por tonelada, e manteve a meta de US$ 20,5 a US$ 22 para o ano. A dívida líquida aumentou para US$ 12,2 bilhões com o pagamento de dividendos, e o prazo médio subiu para 9,5 anos. O CEO da Vale Gustavo Pimenta afirmou que a empresa segue alinhada às metas de 2025, com foco na gestão de custos.