Um estudo da Universidade Federal de Minas Gerais aponta que o custo de vida em cidades com forte atividade mineradora é, em média, 7,9% maior do que em municípios de perfil semelhante sem mineração. A análise incluiu localidades como Parauapebas, no Pará, e Mariana e Conceição do Mato Dentro, em Minas Gerais.
O levantamento mostra que itens básicos apresentam os maiores impactos, com destaque para moradia, serviços, vestuário, saúde e serviços pessoais. Em alguns casos, a diferença de preços chega a 30%. Em municípios considerados extremos, o custo de vida supera em mais de 10% o de cidades comparáveis sem atividade mineral.
Parauapebas aparece como um dos exemplos mais expressivos. O município registra custo de vida cerca de 10% superior ao de Belém, reflexo direto da pressão provocada pela mineração sobre preços e serviços. A maior circulação de renda eleva a demanda, encarece produtos e afeta o orçamento das famílias.
O estudo conclui que, embora a mineração gere empregos e arrecadação, seus efeitos sobre o custo de vida penalizam a população local e ampliam desigualdades, especialmente para quem não está diretamente inserido no setor mineral.















