Rafael de Andrade, de 38 anos, foi encontrado morto na manhã desta segunda-feira (21) no Bairro Jardim Canadá, em Parauapebas, no sudeste do Pará. Rafael era acusado de matar com 20 facadas o amigo dele, Felipe Marciano Pereira da Cruz, de 37 anos, após os dois tomarem o chá de um cipó, que seria alucinógeno.
O crime aconteceu por volta 16h30 da última terça-feira (15) na Rua 95, também no Bairro Jardim Canadá. Após o crime, ele conseguiu fugir, se escondendo da polícia na área de uma casa, onde foi filmado pelos moradores em estado de transe, inclusive pedindo uma faca para se matar.
De lá ele foi embora e nunca mais foi visto, sendo encontrado morto, por volta de 9h30 de hoje. A Polícia Civil foi acionada e a Equipe de Investigação da Delegacia de Homicídios da 20ª Seccional foi até o local, onde confirmou se tratar de Rafael.
Segundo informações, ele era ex-funcionário da Secretaria Municipal de Segurança Institucional (Semsi). No dia do crime, Rafael estava na residência dele com Felipe Marciano, quando teria bebido e oferecido ao amigo um chá de cipó, que teria provocado alucinação em ambos e um acabou matando o outro. O chá seria usado no ritual da seita que Rafael seria membro.
Ao oferecer a bebida ao amigo, ele teria dito que isso o faria “entrar em transe”. Pouco depois, a vítima teria tirado toda a roupa e dito “que estava pronta para oferecer seu corpo ao sacrifício”. Nesse momento, Rafael vai até a cozinha da casa, apanha uma faca, diz que precisa “evitar um mal maior” e aplica 20 facadas em Felipe, que ainda teria tentado correr, mas acabou caindo próximo ao portão da residência.
Uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ainda foi acionada, mas quando os paramédicos chegaram constataram que ele já estava morto. Desnorteado, Rafael fugiu e entrou em uma casa, onde pediu uma faca para se matar. Depois ele foi embora e só foi encontrado hoje, morto.
A equipe da DH segue com as investigações, para tentar desvendar todos os detalhes do crime, inclusive a origem do chá alucinógeno.
Por Tina DeBord
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