Na manhã de quinta-feira(10) a Comissão de Direitos Humanos, composta pelos vereadores Miquinha, Raianny Rodrigues e Joel do Sindicato, em conjunto com representantes da Ordem dos Advogados e o Comando de Policiamento Regional (CPR) Gledson Melo, realizou uma importante visita à Cadeia Pública de Parauapebas.
Durante a visita, a comissão teve a oportunidade de realizar uma minuciosa vistoria nos diversos blocos, bem como nas salas de atendimento e nas demais instalações da unidade prisional. O intuito principal foi de avaliar as condições de vida dos internos e compreender as demandas apresentadas pelos agentes penitenciários.
Um dos pontos destacados durante a visita foi a presença de avanços significativos sob a nova direção da cadeia. Atualmente, a instituição conta com diversas melhorias, incluindo uma sala de medicações, procedimentos e farmácia. Além disso, destaca-se a presença de um médico disponível 24 horas por dia, que também é um interno da cadeia, junto com atendimentos de dentista, nutricionista e assistente social.
A preocupação com a educação também foi evidenciada, uma vez que a unidade prisional possui biblioteca, duas salas de aula, onde quatro turmas com um total de 60 alunos frequentam quatro aulas semanais. Dentre os detentos, dez já se encontram matriculados em cursos universitários, realizando seus estudos online na sala de informática disponível no presídio.
Além dos aspectos educacionais, 18 detentos atualmente trabalham na unidade, contribuindo para as tarefas de limpeza e outros serviços necessários para o funcionamento do local. No entanto, a visita também trouxe à tona algumas preocupações e demandas urgentes da unidade prisional. Notou-se a ausência de câmeras de segurança no Bloco C, bem como a falta de sistemas de climatização ou ventilação nas duas salas destinadas aos encontros entre advogados e internos.
Outras questões levantadas incluem a carência de lâmpadas, chuveiros, torneiras e a constatação de que os únicos dois bebedouros presentes no presídio encontram-se queimados. Além disso, foi evidenciado que três máquinas de lavar roupa também estão fora de funcionamento.
A comissão de direitos humanos enfatizou seu comprometimento em continuar monitorando as condições da Cadeia Pública de Parauapebas, incluindo visitas surpresas aos órgãos municipais, a fim de assegurar que os direitos fundamentais dos detentos sejam respeitados e que as melhorias necessárias sejam implementadas.
O compromisso demonstrado pela comissão é um passo significativo em direção à busca por um sistema penitenciário mais justo, humano e eficaz, garantindo que a reabilitação e reintegração dos detentos sejam metas concretas no cenário carcerário local.