As autoridades de saúde da Grande São Paulo investigam uma série de casos de intoxicação por metanol, possivelmente causados pelo consumo de bebidas alcoólicas adulteradas. Desde junho, seis casos foram confirmados, sendo três deles fatais. Outros dez casos estão sob apuração.
A causa das mortes está relacionada ao consumo de bebidas “batizadas” com metanol, substância altamente tóxica usada indevidamente na adulteração de bebidas alcoólicas. As vítimas identificadas até agora são homens com idades entre 45 e 58 anos.
O caso mais recente aconteceu em São Bernardo do Campo, onde um homem de 58 anos morreu no dia 24 de setembro após atendimento no Hospital de Urgência. A Prefeitura da cidade confirmou a informação. Na capital paulista, um homem de 54 anos, morador da Zona Leste, apresentou sintomas em 9 de setembro e morreu seis dias depois, em 15 de setembro, segundo nota divulgada pela Secretaria Municipal da Saúde.
O terceiro óbito confirmado é de um homem de 45 anos, cuja cidade de residência ainda está sob investigação. Um quarto caso suspeito de morte por metanol segue em análise, mas sem confirmação de que a substância tenha sido a causa da intoxicação.
Entre os casos em apuração, um envolve um homem com histórico de etilismo crônico. A equipe médica ainda não conseguiu determinar se a intoxicação decorre do consumo de bebida adulterada ou de outro fator.
Um dos casos anteriormente monitorados foi oficialmente descartado pelas autoridades.
A Vigilância Sanitária e os órgãos de saúde reforçaram o alerta à população sobre os riscos do consumo de bebidas de procedência duvidosa. As investigações continuam em diferentes municípios da região metropolitana de São Paulo, com apoio das polícias Civil e Científica.
Recomendações
As autoridades recomendam que a população evite consumir bebidas alcoólicas de origem desconhecida ou sem registro. Em caso de sintomas como náusea, visão turva, tontura ou dificuldade respiratória após o consumo de álcool, a orientação é procurar imediatamente atendimento médico.