Belém e a outra realidade da COP-30

COP-30

A poucos meses da COP-30, Belém continua com problemas nas áreas de saneamento, infraestrutura e segurança. A cidade, que sediará um dos eventos climáticos mais importantes do mundo, pode não estar preparada para receber os milhares de visitantes esperados.

Belém está entre as capitais com a menor cobertura de tratamento de esgoto do Brasil, de acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS). O desenvolvimento sustentável da cidade está abaixo da média nacional, especialmente nos índices de tratamento de esgoto e esgotamento sanitário. No ranking do IDSC Brasil, Belém aparece com um indicador negativo, destacado em vermelho.

A infraestrutura deficiente agrava a situação. Alagamentos frequentes misturam água da chuva com esgoto, transformando ruas e avenidas em canais de contaminação. O trânsito caótico também prejudica a mobilidade, gerando grandes congestionamentos e altos índices de acidentes.

Segurança em alerta

A violência preocupa. Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), Belém ocupa a 8ª posição entre as capitais com mais Mortes Violentas Intencionais (MVI). O Pará, há uma década, está entre os estados com as maiores taxas de homicídios do país. A insegurança também trás duvidas sobre a capacidade da cidade de garantir um ambiente seguro durante a COP-30.

Infraestrutura hoteleira e organização do evento

A primeira visita técnica da ONU, em 24 de janeiro de 2025, constatou preços abusivos de hospedagem e a insuficiência de leitos como obstáculos para o evento. Até meados de 2024, Belém contava com apenas 5.712 quartos de hotel, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Pará (ABIH-PA).

A capacidade do governo brasileiro para organizar um evento desse porte também é outro fator negativo. O sindicato dos funcionários do Palácio Itamaraty alertou sobre o baixo número de servidores do Ministério das Relações Exteriores, que conta com cerca de três mil funcionários. Em comparação, a França possui 17 mil diplomatas, enquanto os Estados Unidos chegam a 30 mil.

Até o próprio presidente Lula reconheceu, em entrevista a agências internacionais, que o Brasil pode ter dificuldades para garantir a infraestrutura necessária para a COP-30. Com tantos desafios, Belém ainda precisa superar barreiras significativas para estar pronta para o maior evento climático do mundo.

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