A Polícia Federal desencadeou uma operação que resultou na prisão do prefeito do município de Borba, no Amazonas, Simão Peixoto Lima. Ele é alvo de investigações que apuram suspeitas de manipulação de testemunhas relacionadas a desvios de recursos públicos durante a pandemia. Eleito em 2020 pelo Partido Progressista (PP), Simão Peixoto trocou de partido em novembro, filiando-se ao MDB.
As autoridades afirmam que existem indícios de desvio de recursos destinados à compra de kits de merenda escolar. De acordo com a Polícia Federal, esses kits apresentavam irregularidades, como a ausência ou quantidade muito reduzida de carne de boi, divergindo significativamente do volume contratado. Foram identificados indícios de falsificação nos recibos de entrega e de pagamentos sem comprovação documental.
Diante das evidências, foi expedido um mandado de prisão preventiva contra o prefeito, acompanhado do seu afastamento do cargo pelo período de 180 dias. A medida se baseia em informações de que Simão Peixoto teria conduzido uma videoconferência com servidores municipais intimados pela Polícia Federal. Durante o encontro, ofereceu assistência jurídica e fretamento de aeronave, custeados pela prefeitura, configurando, segundo a PF, uma tentativa de influenciar indevidamente as testemunhas.
A ação da Polícia Federal visa garantir a integridade e a credibilidade das investigações em curso. O gesto do prefeito, mesmo podendo ser interpretado como auxílio, levanta preocupações quanto à possível pressão sobre os servidores para adaptarem seus depoimentos aos interesses do investigado. O caso revela a complexidade e a importância de preservar a imparcialidade nas investigações de desvios de recursos públicos em meio à pandemia.
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