Em um estudo recente realizado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), os números financeiros da prefeitura de Parauapebas chamaram a atenção, revelando um déficit significativo no balanço entre arrecadação e gastos. A cidade, que ostentou um cenário promissor com arrecadações de R$ 2,8 bilhões em 2021, R$ 2,4 bilhões em 2022 encontra-se agora em uma situação delicada, enfrentando uma dívida de R$ 444.672.762,28 ao longo do ano corrente.
Esse déficit acentuado levou Parauapebas a ocupar a segunda posição no ranking dos municípios mais endividados do Pará, ficando atrás somente da capital, Belém. Um contraste notável é observado quando se compara Parauapebas com suas cidades vizinhas, Canaã dos Carajás e Marabá, que têm conseguido manter uma gestão fiscal equilibrada e ocupam posições mais confortáveis no quesito financeiro.
Uma análise mais detalhada das circunstâncias revela que a ausência de uma gestão pública transparente e eficiente é um fator determinante para a atual situação de Parauapebas. A falta de um plano estratégico de gastos, aliada à falta de controle fiscal e orçamentário, parece ter contribuído para o endividamento do município. Mesmo já tendo arrecadado R$ 1,3 bilhão em 2023, a prefeitura fez uma dívida de quase meio bilhão de reais, não apenas levando a cidade a uma posição preocupante no ranking estadual, mas também trouxe consigo impactos diretos na qualidade de vida da população.
Um aspecto que merece destaque é a situação dos colaboradores de empresas terceirizadas que prestam serviços para a prefeitura de Parauapebas. Relatos recentes expuseram atrasos no pagamento de salários e vale-alimentação, levantando a suspeita de que a dívida acumulada pela prefeitura esteja afetando diretamente a capacidade de honrar seus compromissos. Isso reforça a necessidade urgente de uma revisão na gestão financeira e administrativa do município, visando solucionar questões críticas e assegurar a estabilidade econômica.