Com uma arrecadação de R$1,2 bilhões desde o início de 2023 até a presente data, a cidade de Parauapebas se encontra sob os holofotes devido a uma discrepância entre os recursos arrecadados e a infraestrutura visivelmente deficiente. O que deveria ser uma história de prosperidade econômica está se transformando em uma narrativa de desafios financeiros e negligência das necessidades básicas.
Enquanto os números indicam um fluxo substancial de recursos para os cofres municipais, as ruas da cidade contam uma história diferente. Ao percorrer as vias, a pergunta inevitável surge: para onde está indo todo esse dinheiro? A atual prefeitura, apesar de uma arrecadação bilionária, encontra-se em um estado de aflição financeira, arrastando dívidas consideráveis e vivendo na dependência mensal do pagamento da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM).
A situação se torna mais tangível com o vídeo de um morador da Avenida C5, no bairro Cidade Jardim, que documenta a lamentável condição de sua rua, repleta de crateras que lembram um campo de batalha urbano. O relato não é apenas visual, mas carrega consigo a angústia de vários acidentes já ocorridos na região. A falta de manutenção e pavimentação adequada coloca a segurança dos moradores em risco diariamente.
A infraestrutura precária é agravada pela presença de esgoto a céu aberto, que serpenteia pelo meio da via, disseminando mau cheiro e transtornos entre os residentes. A indignação é palpável, uma vez que a população está convivendo com condições que ferem a dignidade básica.
Diante desse cenário, os moradores direcionam suas demandas para as autoridades, deixando um recado claro para o prefeito: “Não nos procure apenas a cada 4 anos; não negligencie o povo de Parauapebas. Nos ajude”.
O sucesso de uma cidade não é medido apenas por sua arrecadação, mas também pelo bem-estar e qualidade de vida de seus habitantes.