O Nepal mergulhou em uma grave crise política após a decisão do governo de proibir o uso das redes sociais. A medida desencadeou uma onda de protestos marcada por confrontos violentos e repressão sangrenta. Jovens incendiaram prédios públicos e casas de ministros, enquanto as forças de segurança responderam com violência. Os protestos também são fruto de anos de insatisfação acumulada diante da corrupção e da desigualdade econômica.
Diante da pressão popular, o primeiro-ministro K.P. Sharma Oli renunciou ao cargo. Para ocupar a chefia do governo, foi nomeada Sushila Karki, de 73 anos, com a missão de conduzir o país até as próximas eleições. Karki é reconhecida pela firmeza no combate à corrupção e já havia marcado a história como a primeira e única mulher a presidir a Suprema Corte do Nepal.
Na sexta-feira, 12 de setembro, o presidente anunciou a dissolução do Parlamento e convocou novas eleições para março de 2026. A decisão busca restaurar a estabilidade política e responder às demandas da população, mas o clima de incerteza ainda predomina no país.