Vale prioriza Canaã dos Carajás e vai investir R$ 1,7 bilhão na implantação do projeto Bacaba

Projeto Bacaba

 

 

 

A disparidade entre os dois principais municípios mineradores do Pará se aprofunda. Até este mês, Canaã dos Carajás arrecadou R$ 371.458.870,78 em CFEM (Compensação Financeira pela Exploração Mineral), enquanto Parauapebas recebeu R$ 322.258.764,83. A diferença de R$ 49.200.105,95 escancara a reorientação estratégica da Vale, que passou a priorizar Canaã em detrimento de Parauapebas.

Só em junho, Parauapebas recebeu R$ 46.801.463,89. Canaã, por sua vez, embolsou R$ 60.619.653,51, um valor de R$ 13,8 milhões a mais.

Esse distanciamento também se reflete no ranking nacional de arrecadação da CFEM em 2025:

1º lugar – Canaã dos Carajás

2º lugar – Parauapebas

3º lugar – Marabá

4º lugar – Paragominas

5º lugar – Curionópolis

Nos últimos anos, a Vale concentrou em Canaã dos Carajás seus principais projetos, ampliando a estrutura, os aportes e a geração de receita. Parauapebas, que por décadas sustentou a base da arrecadação mineral da região, vem sendo gradativamente deixada de lado.

Agora, com a Licença Prévia concedida para o projeto de cobre Bacaba, também em Canaã dos Carajás, a diferença tende a crescer. A mineradora vai investir cerca de US$ 290 milhões (aproximadamente R$ 1,7 bilhão) apenas na fase de implantação. O projeto vai estender a vida útil da mina do Sossego e prevê uma produção anual de 50 mil toneladas de cobre por oito anos. O início da operação está previsto para o primeiro semestre de 2028.

Enquanto isso, Parauapebas assiste à perda de protagonismo sem um plano claro de transição econômica, nem medidas efetivas de compensação ou equilíbrio nos investimentos da Vale.

 

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